Saúde Mental também é ESG
A Ipsos realizou a pesquisa em 2021 "1 ano de Covid-19" para o Fórum Econômico Mundial. E, nesse estudo, levantou o dado que o Brasil é o 5° país entre 30 pesquisados que teve um declínio significativo de bem-estar emocional e mental.
Dos entrevistados, 53% acreditam que sua saúde emocional e mental piorou após 1 ano de pandemia. Segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, em 2020, o número de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez por causa de transtornos mentais e comportamentais foram elevados, uma alta de 26% em relação a 2019.
Dessa forma, as empresas sejam micro ou multinacionais precisam levar em conta a saúde mental como política de gestão de pessoas. Não é de agora que, numa perspectiva global, a saúde mental está em pauta. Desde 2017, se tem a estimativa que 1 em cada 4 pessoas sofre de doenças de ordem mental em algum momento da vida. Além de impacto financeiro para empresas e governos, o alto preço é a vida de milhares de pessoas.
Com rotinas cada vez mais aceleradas, que exigem resultados mais imediatos, o home-office que acarreta na invasão do trabalho no espaço doméstico e, ainda, o coronavirus e suas variantes rondando, as pessoas tem tido crises de burnout, que significa esgotamento mental (já foi reconhecida como doença do trabalho).
Você já procurou ajuda terapêutica? Se não, por quê?
Atendemos recentemente aqui na Meta um caso de um profissional que passou por um processo complexo na área de saúde mental. Na época que fazia faculdade, para pagar as contas, incluindo a mensalidade da sua graduação, ele trabalhava em uma função que o deixava sobrecarregado e insatisfeito.
Com o passar dos anos, sentindo a sobrecarga dessa rotina, acabou sendo diagnosticado com síndrome do pânico. Ele conta que foi um dos seus piores momentos, pois ele não podia parar de trabalhar e o fato de sair de casa causava muito sofrimento. Mudou para um estágio na área de estudo e, por ser somente um estagiário, tinha medo de expor o que passava na empresa para não ser mandado embora. Foi quando, em uma crise, expôs seu problema para o Recursos Humanos e encontrou ali boa acolhida.
Em outro caso que atendemos, ouvimos a história de uma pessoa que desenvolveu crise de ansiedade e depressão por causa da perseguição do seu chefe direto (ou seja, assédio moral). Ela tinha dificuldade de expressar o que sentia, até que em um ato de desespero, pensando: Vou falar mesmo que seja mandada embora!, conseguiu falar com a direção do Recursos Humanos, que interveio nessa questão e resolveu o problema.
Por isso, vale ressaltar que esse problema não é individual, é coletivo. O maior benefício e legado que uma empresa pode deixar para o colaborador e sua família, além de ter um valor destinado a procura terapêutica de quem precisa, é construir uma rotina de trabalho que permita a esse colaborador ter tempo de qualidade de lazer e com sua família, que tenha quantidade de atribuições e responsabilidade compatíveis com a carga horária e salário. Parece óbvio tratar disso, porém a realidade tem sido diferente.
O que sua empresa tem feito para atender a essa demanda?
Referência Bibiográfica
https://www2.deloitte.com/pt/pt/hot-topics/O-futuro-da-saude-comportamental.html
https://www.tst.jus.br/-/sa%C3%BAde-mental-no-trabalho-a-constru%C3%A7%C3%A3o-do-trabalho-seguro%C2%A0depende-de-todos-n%C3%B3s
https://www.ipsos.com/pt-br/one-year-covid-19-mais-da-metade-dos-brasileiros-afirma-que-saude-mental-piorou-desde-o-inicio-da
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